domingo, 26 de julho de 2009

Railroad

Eu pensei em você, lembrei-me de quando era fácil a ponto de você dizer que não daríamos certo. Quando lembro disso, eu tento, mas não consigo conter uma risada sufocada.
Lembrar de você não tem descrição. Só queria poder não ter que lembrar que perdi você. Tinha que fazer sentido, o agora com você, mas só o antes encaixou.
Não quero parecer uma criança tola e iludida, odeio o termo ilusão.
A ferrovia está dando sinal, logo logo o trem passa. Não estou nem um pouco disposto a sair daqui.
Posso ver claramente que seus olhos castanhos dizem "Não entregue os pontos" mas estou ciente que você se cansou e que agora sou apenas mais uma segunda opção, apenas uma dentre tantas outras.
Vou querer você, até quando eu já tiver me enjoado. Por que quando eu abro a janela, o vento que entra é você, e o sol que brilha por trás da cortina também.
Em um baque ensurdecedor deixei de ver os seus olhos castanhos a me fitar, parece que o trem acabou de passar, deixando rastros de sangue. Se vou sentir saudades ? Claro que sim, mas o vazio é algo normal.
Só me arrependo de não ter queimado todas as cartas, aquelas em que reinavam suas doces e cortantes palavras sóbrias que eram capazes de me embriagar. Você perdeu o meu amor naquela manhã ? Mas só porque foi ferido. Um corte profundo que deixou cicatriz, mas não se preocupe, estou certo de que sempre se lembrará de como você mesmo, pouco a pouco se causou esse ferimento.
Quanto à mim... bem, eu vou estar sempre perto, para me garantir de que você não irá esquecer.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sun light

Confusão ou ilusão? O fato é que partiu meu coração.

Com você eu estava disposto a ser diferente “Vá lá e dê uma chance ao risco, pode ser o melhor a se fazer” dizia o meu coração. Eu tolo ouvi, e o segui cegamente.

Não sei se rio ou se choro. Rir? Da minha inocência idiota. Chorar? Pra quê se as lágrimas que rolarão não farão nunca o menor sentido pra você?

Mesmo assim, não quero ter uma má imagem de você. Quero tomar sorvete à toa numa manhã de domingo, um domingo que não será nostálgico, ouvir todas as músicas que me lembrem você e depois rir de tudo isso e pensar o quão a gente é amigo. Quero um dia poder chegar a você e dizer todas as palavras que por todo esse tempo, se entalaram na minha garganta sempre que você se aproximava. Quero gritar, na chuva e me lembrar que o mundo não acabou. Quero conseguir pensar que esse foi o melhor jeito.

Quero que saiba que com você eu nunca fui mentiroso, sempre era verdade. Nunca menti nem por generosidade.

Ele está de volta, a noite já passou. A madrugada reinou enquanto eu pensava em você e em prováveis coisas a te dizer. Agora Ele ilumina a varanda com um calor que está sendo muito bem vindo; já não quero mais as trevas.

Não sabes o quanto eu queria me sentar ao teu lado, olhar o por do sol, chorar por tudo o que está acontecendo e depois rir por que podemos fingir que tudo isso é mentira.

Eu quero acreditar que é mentira. Hey, Delilah nunca se assustou com a distancia. E o sol nunca brilhou tanto como agora.

Minhas palavras são frias, como uma manhã de inverno. Já as suas são doces, e apesar disso, me cortam, como cem adagas afiadas.

Eu poderia mencionar qualquer coisa quando me perguntassem “Conhece aquele menino bonito?”, mas qualquer coisa é vago, e eu poderia ser mais claro dizendo “Aquele menino bonito, é o que você jamais vai encontrar, então se tiver a oportunidade, o conheça, seja parte dele, o faça feliz, mas seja o perfeito, não cometa erros e não o machuque. Aquele menino bonito, é o máximo. Você nunca ia o entender. Aquele menino bonito, não é apenas um rostinho bonito, aquele menino bonito, é um rostinho bonito que vai te engolir”

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Don't you worry about the distance.

Me peguei me perguntando se é normal eu me sentir sozinho. Oras claro que é.
Hey there delilah, don't you worry about the distance, eu costumava repetir baixinho só pra mim. A distância já é comum pra mim, mas ainda assim me assusta muito.
Posso até estar muito triste, mas "quando eu crescer, e papai me comprar um avião" vou construir uma máquina que destrua todas as distâncias entre quem se ama.
As gargalhadas estão voltando, as cores também, e com elas, a felicidade; que há muito achei que não teria mais o ar de sua presença.
Gostar de você não foi programado, eu me recordo dessa frase, mas agora eu me policio rigorosamente pra que tudo esteja programado; você e eu